quinta-feira, 30 de agosto de 2007

E-learning

O e-learning (electronical learning) é um novo paradigma de ensino/aprendizagem que assenta no desenvolvimento das TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) aplicadas à educação.

É uma nova metodologia de ensino à distância, que recorre às TIC como um ambiente de aprendizagem, que assenta na capacidade de cada um aprender a aprender.
Não existindo o problema do espaço, as questões que se colocam, são a gestão da interacção em ambiente virtual, a disponibilização prévia dos conteúdos, a formação dos utilizadores e a capacidade destes se adaptarem à comunicação em plataforma electrónica ou à utilização de conteúdos em suporte digital. Porém, nem todos os utilizadores estão em empatia com a aprendizagem electrónica. Falta-lhes a voz e a figura do professor e dos colegas. Se esta última é facilmente substituída pela fotografia, já tal não sucede com a voz.
As TIC, ao serem incorporadas no processo ensino/aprendizagem na modalidade de e-learning, modificam a forma de actuar tanto do professor quanto do aluno.
Do ponto de vista do Professor:
O professor não é o “dono do saber”, mas um orientador, incentivador de actividades individuais e de grupo. Deverá também motivar e desafiar o aluno na aquisição de novos conhecimentos e reflexões num ambiente que privilegie a interacção entre aluno-conteúdo, aluno-professor e aluno-aluno. O professor deve assumir-se como recurso do aluno.
Do ponto de vista do Aluno:
O aluno não é o receptor passivo de informações, mas responsável pela construção do conhecimento de forma reflexiva e crítica. Deverá participar num ambiente de cooperação entre colegas, além de ter autodisciplina e independência na procura da aprendizagem constante.
O e-learning tem tornado o aluno passivo mais interactivo e consumidor de conteúdos, tornando-se assim, uma espécie de co-autor da construção do seu conhecimento. De facto e, tal como afirma Papert, “...a contribuição real dos meios de comunicação digitais para a educação é a flexibilidade que pode permitir a cada indivíduo encontrar trajectos pessoais para aprender...”.
Devido à sua flexibilidade e potencial interactivo, a sua utilização proporciona o desenvolvimento de um percurso autónomo de aprendizagem por parte dos alunos, desmistificando simultaneamente a ideia do professor detentor do conhecimento. Assim, a possibilidade de implementação de um novo modelo interactivo no processo de comunicação, constitui um suporte para a aproximação professor – aluno bem como uma mudança no processo ensino-aprendizagem, no qual surge um utilizador activo que participa na organização da informação e no controlo da aprendizagem.
Esta tecnologia permite a livre “navegação” adaptando-se aos diferentes níveis de capacidade e de aprendizagem do aluno. Segundo Bruner, “instrução consiste em levar o aluno através de uma sequência de exposições a um problema ou corpo de conhecimentos, que irá aumentar a sua habilidade para compreender, transformar e transferir o que ele está a aprender…”. O aluno vai assim construindo e validando o seu conhecimento conforme o seu ritmo de aprendizagem.
Com esta tecnologia é muito fácil construir processos “naturais” de aprendizagem, garantindo maior autonomia ao aluno. Na aprendizagem autónoma o aluno não é objecto, mas o sujeito activo que realiza a sua própria aprendizagem. É um sistema potencialmente aberto e flexível que pode ser desenvolvido em qualquer hora e lugar, para qualquer aluno.

Sílvia Barros

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